O Vinil na Cidade Ademar
De um incômodo à falta de cultura na periferia, surge um sarau
Taynara Carmo
A Zona Sul de São Paulo, região de Capão Redondo, sempre foi noticiada pelos veículos de comunicação como um local violento. Não era mentira, mas existia muito além da criminalidade. Existia uma juventude sedenta para promover cultura e disposta a mudar o estereótipo de lugar violento da cidade.
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As ações culturais oferecidas pela administração pública ficavam concentradas no centro da cidade. Às margens, os jovens precisaram se reinventar. Muitos artistas importantes e coletivos de causas sociais surgiram dessa região. Racionais MC’s, Sabotage e uma diversidade de saraus cada vez mais engajados politicamente.
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O bairro de Vila Joaniza, por sua vez, não tinha era visto como potência cultural, mas suas entranhas escondiam talentos que seriam descobertos e revelados pelo Sarau do Vinil. Uma dupla de amigos começou a escrever essa história.
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O turismólogo Aelton Souza, conhecido por todos como “Costela” e a profissional de Recursos Humanos, Alessandra Ferraz, frequentavam espaços de cultura nas periferias de regiões mais afastadas e sentiam o incômodo de ter tão poucas opções culturais em seu bairro. Foi então que eles começaram a idealizar um sarau.
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Costela e Alessandra perceberam que no sarau existia uma forte potência para promover diferentes manifestações artísticas e transformar a vida de muitas pessoas através da arte – inclusive a deles.
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No ano de 2011 o útil se uniu ao agradável. O dono de um bar da região já tinha vontade de fazer um sarau em seu estabelecimento, e já conhecia os dois amigos: “Ele fez o convite, e deu certo!”, conta Costela. Mas ainda era preciso buscar um diferencial ao sarau, algo que o tornasse único diante dos outros.
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Foi então que surgiu o vinil: “Quando definimos que o sarau tinha que ser literatura e música, a Alessandra, que já tinha muitos discos na casa dela, deu a ideia do vinil. E ficou.”, afirma o turismólogo. Já na segunda edição do sarau, entra mais um integrante.
Amante do vinil e incentivado pelo pai a gostar da música na vitrola, Gabriel Quesada, chamado por todos de “Bibo”, foi o terceiro a integrar o coletivo.
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Muita gente no começo veio para o sarau por causa dos discos, e muitas fizeram doações de vinis também. Ganhamos vários discos.
Gabriel Quesada, DJ
Atualmente DJ, Bibo trabalhou durante 12 anos em área comercial, mas se encontrou realmente na área cultural e hoje dedica sua vida aos projetos do coletivo.
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Como o vinil parou de ser fabricado nos anos 90, muitas pessoas ainda possuíam discos em casa, mas não tinham vitrola para escutar. O sarau se tornou o local onde elas podiam ouvir seus clássicos e ainda apreciar diferentes apresentações culturais: “Muita gente no começo veio para o sarau por causa dos discos, e muitas fizeram doações de vinis também. Ganhamos vários discos”, explica o DJ. O sarau já conta com um acervo de 3 mil discos de vinis.
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Quando o sarau começou a crescer e ganhar notoriedade, o coletivo, de até então três integrantes, decidiu inscrever o Sarau do Vinil no Programa de Ação Cultural – PROAC e tentar incentivo para financiar suas ações. Deu certo. Em 2013 o sarau conseguiu a verba do PROAC e os integrantes perceberam que era o momento de aumentar a equipe.
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A fotógrafa Bruna Quesada, irmã de Bibo, já havia exposto suas fotos no sarau diversas vezes, e participava ativamente. Bruna Santos também frequentava o sarau e era amiga de todos. Convidava amigos artistas para se apresentar e já era uma quase integrante do coletivo. Só faltava oficializar a permanência de ambas. Então no ano de 2013, as “Bruna’s” entraram de vez para o coletivo Sarau do Vinil.​
​Sarau na periferia
O sarau mudou de lugar, e se instalou no bar “Área 51”, onde acontece atualmente. Uma rede de artistas foi formada ao longo dos anos, e o Sarau do Vinil pôde levar à Vila Joaniza mais do que discotecagem, mas todo o tipo de manifestação cultural possível.

O poeta Jefferson Santana
se apresentando no
Sarau do Vinil
Foto: Taynara Carmo
“Na periferia você tem varias formas de arte, várias formas de cultura. E o sarau abriu as portas pra isso. Deu espaço, deu público. Já levamos diversas expressões culturais. O bar é um bar de rock, já levamos capoeira, dança de roda, dança do ventre, contação de história com tribo indígena, oficinas, debates. Se a gente for pensar nesse sentido, a gente não tem limite. As pessoas se sentem felizes de vir”, explica Costela.
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Eu vejo o Sarau do Vinil como um novo começo para se ter uma levada de cultura. Se a gente começou foi porque vimos outros em outro lugar, é uma bola de neve boa.
Bruna Quesada, fotógrafa
Antes de receber o incentivo do PROAC, o Sarau do Vinil contou com a ajuda de muitos outros coletivos, e também ajudou vários. Indicação de artistas, divulgação, empréstimo de equipamento, tudo vale quando o objetivo é fortalecer a cultura. A fotógrafa Bruna Quesada conta a importância do Sarau do Vinil na região de Cidade Ademar, e a influência de outros saraus para que esse pudesse existir:
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“Na Cidade Ademar é muito importante porque eu vejo vários polos culturais na cidade de São Paulo, principalmente na zona sul. Eu vejo o Sarau do Vinil como um novo começo para se ter uma levada de cultura. Se a gente começou foi porque vimos outros em outro lugar, é uma bola de neve boa, então acreditamos que teremos novos pontos de cultura na quebrada”, diz.
Projetos do Sarau do Vinil
Para receber um incentivo cultural, foi preciso repensar as ações sociais do sarau e como eles estavam contribuindo de outras maneiras para promover cultura na periferia. Com o vontade de levar o vinil para as escolas, o coletivo criou o projeto “DISCOBrindo o Brasil”, em 2016. Contando a história do Brasil através dos discos, o público adolescente pôde conhecer ainda mais o surgimento de estilos musicais do país.
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O outro projeto que segue com atuação firme pelo coletivo é “Discotekombi”, criado em 2017. “A gente queria muito fazer o sarau de forma itinerante, aí veio a ideia de um veículo”, conta Bruna Santos. Os integrantes compraram uma Kombi e começaram a fazer discoteca nas praças da zona sul. Poderiam ter comprado outro veículo, mas como Bibo explica: “Tinha que ser a Kombi porque pela época de criação, ela dialoga muito bem com o vinil”.
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Em fortalecimento à cultura nordestina e com o intuito de valorizar todos os estilos musicais, o projeto “Cacete de Agúia” começou sua atuação em 2016, no Espaço Cultural Casa da Vila. O forró é o estilo que predomina no projeto, onde as pessoas podem aproveitar o arrasta-pé direto do vinil.
E o projeto caçulinha do coletivo, que teve seu início este ano, é o “7 polegadas”. Baseado no álbum “Acabou Chorare”, dos Novos Baianos, os integrantes utilizam o vinil para contar histórias para crianças do Ensino Fundamental, nas escolas públicas das periferias da zona Sul.
Cabe um sarau dentro do bar
Um espaço associado a brigas e conflitos é transformado em um polo de cultura nas periferias
Taynara Carmo
Ao entrar no bar Área 51, é difícil entender ao certo o estilo musical preferido do dono e do público local. Um lambe-lambe do poeta Sérgio Vaz, já na entrada, traz à mente a presença de um sarau. Mas no mesmo lugar onde têm as palavras de Vaz, também tem espaço para pôsteres de Marilyn Monroe, Mussum dos Trapalhões e muitas imagens de extraterrestres.
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A presença de imagens alienígenas no bar é justificável. Há alguns anos, Sergio Henrique Souza, o Sérginho, assistia a um filme sobre a “Área 51”, base militar do exército americano que ficou popularmente conhecida pela suposta presença de alienígenas. Enquanto assistia ao filme, Serginho percebeu que ao lado da área tinha um bar, e pensou: “Quando eu tiver meu bar, esse vai ser o nome”. E assim o fez. Em 2011, o bar Área 51 foi inaugurado na Vila Joaniza, zona sul de São Paulo.
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Com o bar já em funcionamento, Bibo Quesada, que já era cliente do lugar, tomava uma cerveja quando fez a proposta de levar o Sarau do Vinil para o estabelecimento: “Quando o Bibo falou de sarau, eu perguntei ‘mas o que é sarau?’, eu nem sabia o que era”, conta Sérginho, aos risos. Concordando com a ideia, que também era uma boa aposta para conseguir mais público, o sarau se instalou no Área 51.
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O Sarau do Vinil abre espaço para poetas de diferentes coletivos e artistas de outros saraus mostrarem sua arte. Como é o caso do poeta Jefferson Santana, integrante do coletivo “Poetas Ambulantes”, que são artistas que declamam poesias no transporte público de São Paulo. Ele já se apresentou várias vezes no Sarau do Vinil, assim como também já fez várias apresentações na Casa das Rosas, espaço cultural na Avenida Paulista.
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A realidade social dos dois lugares são extremas. A Casa das Rosas está concentrada em uma das regiões mais ricas da cidade, já o Sarau do Vinil, está em uma região pobre. A poesia periférica fala da realidade social e socioeconômica das comunidades carentes. Seus poetas, geralmente são pessoas engajadas que buscam melhorias em sua “quebrada” através da arte. Jefferson Santana faz parte desse perfil.
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Morador do Jardim Ângela, zona sul de São Paulo, o poeta recitava uma poesia na Casa das Rosas quando percebeu um público impressionado: “Muita gente ficou chocada com as coisas que eu falava, com a poesia de protesto, porque é uma realidade muito distante pra eles. Ao mesmo tempo que tinha um encantamento, porque as pessoas de lá não entendiam nossa realidade, elas também tinham uma curiosidade no olhar.”
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A Casa das Rosas tem uma estrutura preparada para garantir espaços confortáveis durante as apresentações, tanto para o público quanto para os artistas. A localização é privilegiada em vista da localização da Vila Joaniza e outros bairros periféricos da zona sul e extremo. Por si só, o lugar já demonstra uma realidade totalmente diferente das periferias, que realizam os saraus muitas vezes em regiões com transporte público escasso e bares sem estrutura.
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Na Casa das Rosas a poesia tem uma pegada mais clássica. Muita gente ficou chocada com as coisas que eu falava, com a poesia de protesto. É uma realidade muito distante pra eles.
Jefferson Santana, poeta
Além da estrutura e localização, o poeta destaca que o conteúdo dos saraus expressa realidades bem distintas: “A poesia lá tem uma pegada mais clássica, na periferia a gente expõe muito as nossas dores, nossos lamentos, nossas resistências. A localização lá diz muito. Tem muita gente com grana que cola na Casa das Rosas, moradores da Bela Vista, do Jardins”.
As críticas à falta de locais que produzem arte e cultura “nas quebradas” vêm ganhando força com os saraus nos bares. Por se tratar de espaços marginalizados, o bar na periferia geralmente é visto como um local violento, onde brigas são comuns. Os saraus têm o poder de ressignificar esses espaços e produzir cultura no único lugar possível para aqueles que moram às margens da cidade.
Quem popularizou os saraus em bares foi o poeta Sérgio Vaz, criador do Sarau da Cooperifa e um dos primeiros a levantar o debate sobre a falta de centros culturais nas regiões periféricas da cidade. O poeta Michel Yakini foi influenciado por Vaz, e também criou um sarau dentro de um bar, na região de Pirituba, zona Oeste de São Paulo.
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O bairro onde Yakini morava tinha 200 mil habitantes e contava apenas com uma biblioteca e um CEU (Centro Educacional Unificado) para promover cultura àquela população. Existia uma carência de cultura para os moradores da região, e os poucos lugares com atrações culturais não funcionavam durante a noite.
Diante da necessidade, o Sarau Elo da Corrente teve sua primeira edição em 2007, no Bar do Santista, onde acontece até hoje. Na vida do poeta, a poesia surgiu muito cedo. Não apenas na tradicional escrita poética ou nas palavras de resistência, a poesia se manifestou em várias faces de seu cotidiano:
“Nas idas ao terreiro pra bater palma e cantar o sagrado, apreciando as rodas de capoeira, ouvindo as histórias dos mais velhos, tudo era poesia. Já na escrita foi quando, com uns 10 anos, meus amigos pediam pra eu escrever cartinhas às namoradinhas deles. Eu não nomeava nada disso de poesia, só depois de adulto, principalmente por meio dos saraus, que assumi esse nome.”
Com a notória popularização dos saraus nas periferias, os poetas vêm ganhando reconhecimento por suas atuações, mas apesar do calendário da cidade legitimar os saraus em bares como espaços de promoção à cultura, Yakini revela que esses avanços não diminuem os entraves dos artistas para manter seus trabalhos:
“Com o sarau, surgiram novas formas de trabalho com esse fazer, organização de coletivos que articulam arte, política e cidadania, e muita treta pra manter esses pilares vivos, pois continuamos morando nos mesmos espaços de descaso, sendo atendidos pelos mesmos serviços básicos precários e convivendo com violências e violações que bradam há tempos nossos dias, enquanto população periférica”.




Um ponto de luz na periferia
O poder que um sarau de bar tem de transformar vidas
Clara Campos
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O Sarau do Vinil é como um ponto de luz na periferia de São Paulo, ele vai além do entretenimento, pois ele desperta na juventude o interesse por arte e incentiva a formação de cidadania.
Cícero Nepomuceno, poeta
Uma vitrola e um microfone aberto num bar da periferia da Zona Sul de São Paulo bastam para impactar a vida de alguém? O Bar do Serginho lota todas as quintas-feiras que rolam o Sarau do Vinil, que já virou parte da programação dos fãs de literatura, música, dança, fotografia e artes plásticas da região. Acredite, ao som dos discos de vinil, muita gente já se encontrou dentro daquele sarau, tornando mais nítido o fato de que a arte é uma ferramenta poderosa de transformação social.
Cícero Nepomuceno trabalha com coordenação de sistemas corporativos em uma empresa de telefonia, é uma dessas pessoas que teve sua vida mudada desde que começou a frequentar o sarau em 2013. De lá para cá, a literatura e a poesia entraram em sua vida para ficar, fazendo-o seguir a carreira de escritor: “O Sarau do Vinil me encorajou a publicar dois livros, e já tenho um terceiro à caminho”, diz.
Cícero também testemunhou dois outros colegas que frequentavam o sarau também a se tornarem escritores. “O sarau despertou neles o interesse pela literatura e a escrita criativa, além de torná-los mais sensíveis, críticos e antenados”, conta. É comum nas edições do Sarau do Vinil encontrar pelo bar uma ou duas banquinhas com livretos de poesia confeccionados pelos autores, que encontram no local uma oportunidade para compartilhar o seu trabalho com outras pessoas.
Discussões sobre política, cultura e sociedade são temas recorrentes no sarau, que reúne pessoas de variadas origens sociais, proporcionando o compartilhamento de experiências únicas. Bruna dos Santos faz parte do Coletivo do Vinil, que é responsável pela organização dos saraus e de diversos projetos paralelos que promovem o debate de todos esses temas. Desde que começou a se envolver nos bastidores do sarau, Bruna passou a olhar para as coisas de maneira diferente ao presenciar tantas pessoas compartilhando suas vivências e por meio da arte: "A noite de sarau é a noite de lavar a alma, pois estamos lá de coração aberto para ouvir o que o outro tem a dizer, e isso acaba transformando a gente também”.
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Bruna é formada em Recursos Humanos e trabalha com recrutamento e seleção, e vê o Sarau do Vinil como uma oportunidade de se distanciar um pouco do universo corporativo do trabalho e entrar em contato com a realidade de outras pessoas, que, muitas vezes, não temos a oportunidade de expandir nossas perspectivas. “Estar no sarau é estar muito perto do que acredito de verdade, ele é genuíno pois temos a oportunidade da impactar a vida de quem precisa”.
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Ione Nadú é mãe de Kamilly de 13 anos, conhecida carinhosamente como Milly pelos amigos do sarau, que é portadora de Síndrome de Down, e possui limitações físicas e na fala. Ione e Milly conheceram o sarau há quatro anos, e de lá para cá não perderam quase nenhuma edição, e fazem questão de ficaram até o final. Ione conta que a conexão de Milly com o sarau foi imediata, e que a garota é apaixonada pelo ambiente e as pessoas do sarau: “ela curte música e teatro, então ela se sente em casa no sarau”, diz. Ione conta que Milly já fazia terapias ocupacionais na APAE, mas que apenas quando passaram a frequentar o sarau suas habilidades de socialização começaram a evoluir: “Frequentar o sarau ajudou muito no convívio social dela. Ela está muito mais aberta para conhecer pessoas novas e trocar ideias, hoje ela é muito mais independente”.



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Frequentar o sarau ajudou muito no convívio social dela. Ela está muito mais aberta para conhecer pessoas novas e trocar ideias, hoje ela é muito mais independente.
Ione Nadú, frequentadora do sarau
Fotos: Clara Campos
Além disso, Milly é fã de dança, e sempre quando a pista de dança abre no bar, pode ter certeza que ela vai estar curtindo a melodia junto com os demais participantes. Foi em uma dessas ocasiões em que Simone Barbosa, professora de dança, percebeu o seu talento para a dança, e a ofereceu uma bolsa de estudos em seu estúdio de ballet. E, graças à ele, Milly deixou de fazer terapia motora, pois a dança corrigiu a sua postura e tratou da sua escoliose na coluna, e, nos primeiros 6 meses de aula, sua estatura aumentou. “Deixei ela fazer ballet para ser um hobbie mesmo, mas não imaginava que faria tão bem para a saúde dela”, diz Ione.
E quem diria que uma vitrola e um microfone aberto num bar da periferia da Zona Sul de São Paulo poderiam mudar a vida de tanta gente? Apesar do Sarau do Vinil ambas as coisas, ele vai muito além disso. São as pessoas que se encontram e se sentem livres para se expressar e também trocar vivências que acabam tendo suas vidas impactadas de alguma forma, fazendo dele um ponto de luz na periferia.
O Vinil na era dos streamings musicais
Na contramão da música digital, amantes do vinil o mantém vivo
Taynara Carmo
Quem nasceu depois dos anos 90, provavelmente não teve a experiência de ir até uma loja comprar um disco de vinil e escutá-lo em uma vitrola. Essa cultura perdeu força com a chegada dos CD’s e foi mantida viva pelos amantes do vinil que não abriram mão dessa mídia.
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O integrante do Sarau do Vinil Gabriel Quesada, o DJ William Simões, e o idealizador da fábrica de vinil “Vinil Brasil”, Michel Nath, nos conta mais sobre como o amor pelo vinil os fez continuar investindo em uma cultura pouco difundida na era dos streamings musicais.